Elas adoram curtir seu barato
As camas estão cheias de doentes
Há muito o que encher o seu prato
Lá vão elas pelas ruas, dançando
Até disfarçam pra ninguém ver
Que quando elas estão chorando
Elas o fazem por que tem de ser
As carpideiras estão alegres, muito felizes
Nunca acham seu ofício feio
São velhas e moças de todas as matizes
O que importa é seu bolso cheio
Paga quem puder lhes pagar
Até o choro tem o seu preço
A morte um dia vai chegar
Mesmo sem nome e sem endereço
As carpideiras estão alegres, satisfeitas
Como os foliões nos carnavais
E as lápides já estão perfeitas:
Idiotas, descansem em paz!...
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