Não fui santo
Nem portanto
Não vim buscar minha reza
Vai que pesa
Até na tal consciência
Tenha santa paciência
Escute as minhas histórias
São memórias
De um desmemoriado
Certo ou errado
Foi o que fiz
Infeliz quase feliz
Nunca é tarde
Prum covarde
Sair daqui no galope
Dá IBOPE
Falar meio americano
Sou humano
Isso significa perigo
Vem comigo
A noite até que é pequena
Será que valeu a pena?
Me esconder pelos becos
E tentar olhos secos
Foi malandragem
Ou uma outra bobagem
Ou até outro sufoco
Feito um louco
Amei até me cansar
Já volto já
Estão me chamando na esquina
É essa danada de sina
Fazer esses tais de versos
Réu confesso
Guardo segredo de Estado
Tudo bem tudo errado
Como manda o figurino
Venha cá seu menino
Tenho muito o que falar
Só precisa saber escutar
Escute esse meu assobio
Faz muito que não rio
Mas eu prometo
Que não mais me meto
De mudar as coisas do mundo
Sou pirata e vagabundo
Tenho que ir aos lugares
Outros céus e outros mares
A minha agenda está cheia
Preciso dar volta e meia
Não fui santo
Mas no entanto
Guardo um par de asinhas
É o que tinha
Para mostrar ao cara lá em cima
Vai que pega vai que rima
É muito batuque
Para tão pouco truque
Me beija de novo amada
Mas que nada
Acabei de acordar inda agora
Faça o café não demora
Que por nada fico contente
Feito gente
Vou agora beber uma Sagres
É meio cansativo fazer milagres...
Avante poeta!
ResponderExcluirboa de mais essa produçao!
Poesia magistral que aborda muitas vertentes, mantendo-as conectadas em sua linda poesia. Amei poeta, você é muito bom mesmo.
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