Nada tenho, tudo sou...
Não sei donde venho, não sei onde vou...
Nada levo, tudo transporto
O que faço? Não me importo...
Sou noite, sou dia...
Meu nome? Ventania...
Nada espero, sou impaciente
Levo casa, poeira, gente...
Levo as folhas pra dançar...
Onde estou? Em qualquer lugar...
De tudo rio, pra tudo choro
Tenho pressa, não me demoro...
Meu dono? Eu nunca tive...
Eu sou tudo aquilo que vive
E também a morte chegando...
Não tenho pés, vou voando
E não conheço obstáculo,
Sou o uivo, o espetáculo,
Sou brisa roubando beijos,
Sem nenhum motivo, todos ensejos
Carinhos delicados no jardim,
Sou o drama, a trama e o fim...
Sou a vida que espanta,
O mar que se levanta...
Sou a fúria e o perdão,
Sou deus e sou o cão...
Nada tenho, tudo sou...
Não sei onde ir, só sei que eu vou...
Nada levo, tudo carrego...
Sou bom, sou mau, não nego...
Sou desespero e sou alegria...
Meu nome? Ventania!...
Simplesmente maravilhoso!
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