segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Na Outra Porta


Eram dias em que tive medo
Em que a morte vinha mais cedo
E eu nem podia mais me olhar
Eram dias em que a poesia
Acabou de acabar com meu dia
Nada mais tenho à declarar...

E nesses dias eu errei a porta

Mas quem é que se importa
Se eu sofri por ter que errar?
Se o erro é um lugar-comum
E nos bolsos não há nenhum
Nada mais podem me roubar...

E vou me perdendo num labirinto

Lamento muito é o que eu sinto
Um ar pesado pra me sufocar
Eu me esqueci de toda a história
Mas se não me falha a memória
Nem eu posso mais me matar...

Se da tristeza agora eu não ligo

É porque já encontre meu abrigo
Daqui ninguém vai então me tirar
É o abrigo daquilo que sonho
Que me tirou um medo medonho
Agora resta apenas eu sonhar...

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