quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Eu Duvido - Número 2


Eu duvido
Duvido da sorte duvido da morte
Duvido da arte duvido da parte
Duvido do bem e duvido do mal
Duvido do insano e do normal

Tudo é lícito e tudo é proibido

Tudo foi por acaso e faz sentido
A fera se soltou não adianta correr
E eu só quero é viver...

Eu duvido

Duvido da chuva duvido do sol
Duvido da reza duvido do futebol
Duvido do vento e do temporal
Duvido da solidão e do carnaval

Tudo é bonito e tudo é tão feio

Tudo nos extremos tudo no meio
O poder massacra não adianta chorar
E eu só quero é cantar...

Eu duvido 

Duvido da confiança e do medo
Duvido da estrada com armadilhas
Duvido do tarde e duvido do cedo
Duvido também de milhas e milhas

Tudo é querido e tudo é indesejado

Tudo nos salva e tudo nos faz perder
A guerra ainda nos tem marcado
E eu só quero é correr...

Eu duvido

Duvido de tudo sem pena e sem dó
Duvido de tudo du-vi-deó-dó...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...