sábado, 12 de setembro de 2015

Insaneana Brasileira Número 81 - Favelas, Favelas & Favelas

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Favela! Labirinto interminável de seres e de coisas... Caos personificado num livro de poemas sem ter versos  merecidos... Mercadorias de duas naturezas transcendentais expostas... E a vida não valendo um tostão! 
Favela! Amores escondidos pelos banheiros... E o pão mais maldito feito de curtas ilusões... O meu coração se acelera por conta do risco e do medo e traz recordações que eu não queria ter!
As lajes estão cobertas com sol. E os domingos tonteiam todas as testas que puderem pegar... Os sambas tocam por si mesmos... E as novidades dos passinhos são as novidades... Queremos todas... Até as que forem zumbis em estado de evidente putrefação!
As crianças aos montes com seus pés em mil tons de cinza... A cerveja em quantidade mais do que evidente pra nos porrar... É o sono... A depressão porque tudo vai bem... O medo porque é o segundo dia do mês... A porta-bandeira quebrou a perna!
Favela! Brinquedo na mão dos imperadores... Desenho de negras nuvens sem temporal algum... E um frio de mais de quarenta graus à sombra... Sem ar... Sem ar... Até eu queria respirar!
Favela! Histórias de vida como em quadrinhos... Em que o sangue é apenas mais um exagero de tinta vermelha que um bom detergente limpa do chão... Mais um corpo na cama da rua... E milhares de pontas de cigarro!
Favela! As roupas bem curtas de vidas mais curtas ainda... E as cabeças raspadas de não-feituras... Nem tudo se resolve na roça... A coisas difíceis de impedir qual curso de rio... E é minha alma que treme e não meu corpo só!
A história acaba de ser recontada de forma diferente... E as curvas são mais sensuais e bem mais perigosas... Como as de onde Senna morreu... Só que a morte é bem mais certa... E não vai passar na televisão... E mais um canto e mais um canto e só!
Há várias manchas nos rostos de diversas tribos... E a bondade escapole de seus compromissos... É noite mesmo quando está claro e frio no verão mais quente... Podes crer my brother!
Favela! E a vida não valendo nem um tostão!!!

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