terça-feira, 15 de setembro de 2015

Eu Duvido - Número 1


Duvido de todas as estatísticas mesquinhas
Que os poderosos contam em seus dedos cheios de anéis
Nada é tão preciso que se façam as continhas
Xô xô longe de mim capitães barões coronéis!!!!

Duvido de todos estes sonhos de consumo

Que já vêm dentro da latinha prontos pra servir
São as mesmas multidões todas elas sem ter rumo
Dormindo confortavelmente na cama do faquir!!!!

Duvido de todas as promessas em tons solenes

Aquelas que vêm com seu kit completo de maquiagem
Que fazem questão de seus emes e de seus enes
E estão fazendo qualquer coisa por pura sacanagem!!!!

Duvido de toda a cara e de qualquer uma boca

Da notícia que já era velha em sua primeira mão
Não existe mais cerveja e a comida é tão pouca
Que não dá pra cobrir essa minha obturação!!!!

Duvido de todas estas lendas que são tão caretas

Quem fez estas regras? Papel aceita o que se escreve
Ambos usam asas tanto os anjos como os capetas
E é só colocar lenha que qualquer caldeirão ferve!!!!

Duvido de cabelos bem arrumados e impecáveis

De roupas bem passadas tendo aquele seu belo vinco
De datas pra comemorar lindas e incomemoráveis
De castelos de cartas feitos com o maior afinco!!!!

Duvido dos filósofos com todo os seus sofismos

E também de heróis com suas maravilhosas batalhas
De histórias feitas do mais puro dos todos cinismos
Podem ir embora levem logo as suas tralhas!!!!

Duvido da vida e também duvido da morte

Duvido também de quem não cogita e quem não duvida
Tanto dos ventos vindos do sul quanto os do norte
Vai embora me deixa em paz xô sua enxerida!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...