Se eu morrer esqueçam as carpideiras
Contem as histórias engraçadas de sempre
A vida sempre foi uma grande piada...
Se eu morrer usem flores de plástico
Estou dispensando o holocausto colorido
De grandes transmutações dos elementos...
Se eu morrer não fiquem tristes
Já respondi às respostas do grande questionário
Das perguntas que eu mesmo fiz a eu mesmo...
Se eu morrer cantem e berrem e riam
Lembrem que sempre fui assim todos os dias
Mesmo sem ter escolhido o papel de bobo da corte...
Se eu morrer não esquecem de vir se despedir
Pela primeira e única vez eu parto sem adeus
E nem pude olhar para trás para ver a estrada...
Se eu morrer não anunciem ou coloquem no jornal
Fomos apenas números durante a vida toda
E pelo menos agora quero ser dispensado deste papel...
Se eu morrer não escrevam em pedra alguma
As pedras podem ir mais longe do que se pensa
E não devem cumprir algum outro papel que esse...
Se eu morrer abram as champanhes soltem fogos
Tudo é um grande brinde tudo é uma grande festa
Porque é da morte que provem toda a vida...
Se eu morrer me esperem apenas alguns instantes
Os mortos vão e voltam algum dia desses qualquer
É só uma questão de saber esperar...
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