O Diabo não usa calças. Pelo menos eu sabia isso desde o começo. Muito tempo e drinques esquisitos que passaram pela minha garganta. Era o vento e o tempo mais que debochado. Nossa. De suas duas tranças começaram os labirintos. Maldades que foram bondades. Com vice-versa. Um pote bem grande e bem cheio de feitiços. Pragas noturnas. E pequenos tênis. E uma voz enjoativa e necessária. Quando as rimas se fazem. E muito mais coisas. Coisas que nunca fiz e lamento. E uma febre faz que eu pense de vem em quando. Tudo se acabou. E a porta foi fechada. Trancaram com a chave e a jogaram fora. Nunca mais. Mas mesmo a lembrança inlembrada a ressuscita. Como os cânticos que escutei um dia. Tudo que vive um dia será repetido. Quantas vezes necessário for. É só a mente estar somente. E os tesouros guardados nos bolsos. u não tenho nada. E nada haverá que não corra perigo imediato. São só palavras que ordeno em fileiras. Para que caiam que nem dominó. Vamos que vamos marchando forçadamente em direção ao que pode ser. É tão pouco... Aceito a sua hipocrisia de bom grado. Como a sujeira posta sob o tapete. Nada mais importa do que a água que desce de meus olhos. Tudo se copia. Até velhos épicos retratados em novelas chicanas. Eu sou de todos os signos. Sou o mundo que você não conheceu. Minha bela. E se os passos pudessem ser invertidos entraria em sua boca. Em todos os sentidos. Fossem bons ou maus. Não há julgamento preciso. Passos graciosos apesar. Um grande amor perdido que não tive. Nunca tive. Nunca terei. E num canto qualquer do mundo estás. Embriagada por certo. Com coisas mais comuns e também normais. E olhe que a normalidade me assusta. Me assusta a contagem das moedas. E o paralelo dos dias. E a não-compreensão dos versos mais tolos e livres. Eu quero fazer um brinde aos fantasmas lá do sótão e aos mortos lá do porão. Aos segredos de todos armários fechados à chave. Minha linda passe as mãos entre minhas pernas. Segure meu sexo latejante. Para rir como na piada mais engraçada. Eu não sei nada. Os meus caminhos deram num muro. E eu nem sei o que há do outro lado. Eu não te amei. Mas te desejei. E muito...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Insaneana Brasileira Número 61 - Putaria Segundo M.G.R.
O Diabo não usa calças. Pelo menos eu sabia isso desde o começo. Muito tempo e drinques esquisitos que passaram pela minha garganta. Era o vento e o tempo mais que debochado. Nossa. De suas duas tranças começaram os labirintos. Maldades que foram bondades. Com vice-versa. Um pote bem grande e bem cheio de feitiços. Pragas noturnas. E pequenos tênis. E uma voz enjoativa e necessária. Quando as rimas se fazem. E muito mais coisas. Coisas que nunca fiz e lamento. E uma febre faz que eu pense de vem em quando. Tudo se acabou. E a porta foi fechada. Trancaram com a chave e a jogaram fora. Nunca mais. Mas mesmo a lembrança inlembrada a ressuscita. Como os cânticos que escutei um dia. Tudo que vive um dia será repetido. Quantas vezes necessário for. É só a mente estar somente. E os tesouros guardados nos bolsos. u não tenho nada. E nada haverá que não corra perigo imediato. São só palavras que ordeno em fileiras. Para que caiam que nem dominó. Vamos que vamos marchando forçadamente em direção ao que pode ser. É tão pouco... Aceito a sua hipocrisia de bom grado. Como a sujeira posta sob o tapete. Nada mais importa do que a água que desce de meus olhos. Tudo se copia. Até velhos épicos retratados em novelas chicanas. Eu sou de todos os signos. Sou o mundo que você não conheceu. Minha bela. E se os passos pudessem ser invertidos entraria em sua boca. Em todos os sentidos. Fossem bons ou maus. Não há julgamento preciso. Passos graciosos apesar. Um grande amor perdido que não tive. Nunca tive. Nunca terei. E num canto qualquer do mundo estás. Embriagada por certo. Com coisas mais comuns e também normais. E olhe que a normalidade me assusta. Me assusta a contagem das moedas. E o paralelo dos dias. E a não-compreensão dos versos mais tolos e livres. Eu quero fazer um brinde aos fantasmas lá do sótão e aos mortos lá do porão. Aos segredos de todos armários fechados à chave. Minha linda passe as mãos entre minhas pernas. Segure meu sexo latejante. Para rir como na piada mais engraçada. Eu não sei nada. Os meus caminhos deram num muro. E eu nem sei o que há do outro lado. Eu não te amei. Mas te desejei. E muito...
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