Vai passar todo tempo ruim. Um dia há de passar. Esquerdas e direitas num mesmo jogo. Tudo é um campeonato. De bolas de gude. De futebol. E de até nomes feios. Porque é sempre noite. Mesmo havendo bravios sóis. Tudo contribui para o sofrimento. E o erro é nosso companheiro mais constante. Quando teremos paz? Nunca. Enquanto houverem sonhos errados e constante teimosia dos que nos ferem. Eu tinha muitas gudes e eles me batiam. Eu não aprendi jogar por culpa deles. Era um tempo de areia que o vento levou bem pra longe. Não quero nem mais pensar nisso porque me dá náuseas. As náuseas da alma são as piores que temos. A cachaça em excesso não é nada comparado com isso. Não há culpados. Este é o maior dos problemas que enfrentamos. Abaixe sua cabeça. Admita seu erro. Nem mil padre-nossos e nem mil ave-marias pagarão seu preço justo. Vai passar? Nada passa. Talvez passe o cordão do Chico e eu não tenho nada a ver com isso. Eu sou mais um. Sou acompanhante da tristeza que veio. E cicerone da agonia que cisma em não ir embora. Quem me dera... Beijar aqueles lábios que eu tanto queria. E qualquer um outro filho-da-puta beijou... Não há mais chances para perdão algum. Foi sem querer? Meu repertório variado de palavrões está aí mesmo... Não tenham pena. A pena é uma facada disfarçada e escondida na manga da camisa de mangas compridas. Covardia. O tempo já passou. Não diga meu nome em voz alta. Aqueles que vieram certamente não têm culpa. Mas eu não quero saber de porra nenhuma. Balas de alcaçuz e dropes de anis para os nossos convidados. Eu nunca fui bem comportado e agora muito menos. Nem quem sou na verdade. Só sei que tento escrever alguma coisa para que ninguém leia. A gramática não é meu forte. Mas soluçar diversas vezes seguidas. Isso sim. E me matar aos poucos com um cigarro atrás do outro. É que existem diversas fumaças. E grandes estradas sem rumo algum. Eu escolho certos lances. E as rosas que colho em qualquer jardim desse mundo que aí está. Este mundo em que serafins e demônios brincam de roda. Tudo passa. Menos os velhos feitiços que as bruxas fizeram um dia. E as marcas nos meus joelhos de quando caí. Eu não caí em São Sebastião. Nem você se matou. Tudo depende de piedosas mentiras. Não gostamos e até gostamos. Tudo bem se nos cortamos em afiadas lâminas. É apenas poesia. Pura poesia como veneno mortal em nossas veias. Vai passar sem plágio nenhum. Cada invencionice é um drama novo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Quase Um Réquiem
Réquiem é coisa pra comer, tio? Não, minha querida, é pra escutar... Os mortos não comem, mas escutam... Assim como você ao Pietro perguntar...

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Cadê o meu sal? Fugiu da minha boca e me deixou sem gosto nenhum... Com ele foram todos encantos que tinham sobrado depois que pague...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Barulho ensurdecedor na malvada avenida. Hora do rush, hora quase feliz... Blasfêmias cantadas nos sonoros aparelhos. O hoje está quase mort...
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