Em estados inconscientes vamos andando pra frente. Desde que o pra frente seja pra trás. Comemorações anuais em compromisso. E o que mais possível for. Era nosso calendário em letras marcadas. Tudo urge. Tudo surge. Como monstros na areia do escaldante deserto. Hoje é dia do gás. E daqui quinze dias também. A vida passa rápida e lentamente. As tristezas chegam afobadas e as alegrias com cara de preguiça. Eu nem sei bem onde guardei as chaves. Mas as portas estão fechadas. E os corredores desertos. Não há pichações pelas paredes agora caídas. E o pátio cheio de ervas daninhas e debochadas. Foram tantos anos e tantos planos minguados. Sóis noturnos. Sóis estrelados. Desenhos no papel. E decalques na geladeira da sala. Todo filme alegra e entristece juntamente. Braços dados. Rostos sumidos. Eu era um triste. Agora não sou mais. Sou dois. Porque a tristeza veio velha. E com vários compromissos adiados. E com várias compromissos aliados. Vamos dançar nossos xaxados. Vamos pular através da fogueira. É assim. Não de outra maneira. Versos cambiando la plata. Suspiros de velhos romances. Folhetim à beça. Como nunca tivemos antes. A mente embaçada como chuva no vidro. E o vidro empoeirado dando uma laminha estranha. É nossa hora. Acabou a madeira. E eu faço quantas palavras que quiser. É o único ofício que o vagabundo aqui gosta. Fora olhar as coisas que acontecem no mundo. E as humanas idiotices seguindo o igual script. Tudo bom e nada presta. Como frases saídas de um almanaque igual aquele que eu perdi. Sem sombra de dúvida duvidamos. E os circos mambembes nos dão belas lições. É a vida sendo o que é. É hora do ora pro nobis. Bem cortado e bem lavado e bem feitinho. Politicamente correto e bem careta. Como salamaleques de novelas antigas. Eu quero explodir em gomos. E em azedas aflições de bem querença. E nunca mais fui pra escola. Mas sem marginalizar todo o amor que sinto. É um simples ataque de abelhas e/ou marimbondos. Faço o que eu quero sem me arrepender deste exato momento. São ações bobas em que me rio muito. Conspirações inocentes de roubar os doces ou tocar o piano. Cada um com sua parte. À mim coube o lado esquerdo da história. E os mais sentimentalismos que se puder ter...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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