terça-feira, 14 de maio de 2013

Teoria da Dispersão de Alguns Sonhos


Não são mais estrelas num qualquer céu
São apenas versos dispersos sob um véu

Não são lembranças ternas e eternas por aí

São às vezes sonhos que eu não vivi

É tudo estranho e às vezes tudo confuso

Como a mente estando tipo em parafuso

Eu vi teu rosto mesmo quando não vi

Tipo uma febre amarela que não senti

E eu estava sem relógio pra contar o dia

E eram vinte e quatro dores numa agonia

Eu engoli tanta coisa certamente engoli

Eram gostos amargos que eu não escolhi

Por trás de todo vidro o menino olhava

Janela e olhos e tudo enfim desabava

Não há salvação nem daqui nem dali

E a foto antiga na parede ainda me ri

Não é mais voo e sim a queda da ave

Era um gol garantido que bateu na trave


Não são mais estrelas num qualquer céu
São apenas versos dispersos sob um véu

Não são lembranças ternas e eternas por aí

São às vezes sonhos que eu não vivi...

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