A flauta faz falta
A paz faz mais
E a boca
Ainda é pouca
Pros versos
Bons e perversos
O coração não explode
Enquanto pode
E eu me contenho
Enquanto tenho
Mais motivos
De estar entre vivos
E me calar
Até onde dar
A rima é bonita
Mas é aflita
Aí escuto Chico
E fico e fico
A chuva cai
Sem mãe sem pai
Cai por cair
Sem ter onde ir
Como o rio anda
Sem ter ciranda
Como o mar volta
Sem revolta
Livre e solto
Às vezes revolto
Às vezes normal
Noutras fatal
É tudo isso
Tal compromisso
É toda espera
É toda esfera
É uma conta
É uma ponta
É desvio de percurso
É abraço de urso
É a mão da esmola
Pouco me consola
A lira traz saudade
Mas é vaidade...
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