quarta-feira, 1 de maio de 2013

Maria Pegue As Tralhas


Maria pegue as tralhas
Vamos embora desse lugar
Aqui existem malhas
Que não existem no além-mar
Aqui o homem trabalha
Com outro homem a lhe explorar
Aqui se lutam batalhas
Sem ao menos se provocar
E a tristeza se espalha
Como uma peste no ar
E nem todas essas falhas
Tiveram nossas mãos a ajudar

Maria pegue vamos embora
Um barco nos espera lá no cais
Qualquer tempo já é hora
De procurarmos nossa paz
E me agonia se há demora
Ver as coisas que a maldade traz
Aqui todo mundo grita e não ora
Diz que é bom e só maldade faz
O lobo mata o cordeiro e chora
Pra não se ver a maldade por trás
E enquanto sua presa devora
Já fica olhando e achando mais

Maria pegue nossos trens
Junte tudo numa trouxa só
Não é preciso tantos bens
Quando se tem um bem maior
Quando se sabe que mais além
Há o que não acumule pó
Existe o alma num eterno zen
Uma mente sem complicados nós
Se perdermos o barco que vem
Sabe-se lá o que venha após
Se ficar eu grito e você sabe bem
Como grito se a dor é atroz

Maria pegue as tralhas
Esse mundo de maldade não é nosso...

Um comentário:

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...