Caneca bem grande
Meleca maior ainda
Selos e estigmas caem bem
Aos patos os sapatos
Aos gatos os ratos
Na tapera tem lua cheia
O saltimbanco comeu o tamanco
Fui beira de rio ali
Joelhos esfolados no vidro
Almeirão e jujubas
Beijo de língua no cartão de crédito
Na fila acaba o medo
Enfia o dinheiro no rabo
Marcela lê a tabela
Burburinhos e ameixas
O conde tá aonde?
Felícia usa botas
Eu queria ser anime
Toda perfeição erra
O mar também é céu
A raposa lava lenço
A Joeli é logo ali
O difícil é mais simples
Use Paco Enrabane
Cego que nem vidro
Justo que nem chulé
Discurso de peidos
Tico-tico é dois
Como mais que vomito
Nunca dormi acordado
O fantasma fuma havana
Envelope de galope
Na sexta feira tudo
Pago mico com pix
Hugo pegou as chaves
Sinhá batuca agora
Essa merda é minha
Violão de corpo
Vade retro retroescavadeira
Pirão de molho é
Tone matou a sede
Tenho saudades de eu
Narciso bebeu cana
Escaparam por uma letra
O bofe comeu bofe
Batam palmas pro idiota
O ofício dos ossos
Madruguei gorinha mesmo
A bruxa foi de drone
O Chico tem butico rico
Canto e choro e decoro
Cortina de papelão
Meia pelo meio
Pelanca de carne dá cheiro
Engano de corno
Boi deitado é boi
Dois dedos de chá
Acabou a bisteca
Fui no canavial
E enchi a cara de vinho...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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