O topo da cadeia
A pedra virando areia
A sede sem saciedade
A natural maldade
O sexo sem algum cio
O vazio, o vazio...
O topo da cadeia
O lobisomem sem lua cheia
Inventaram a novidade
O envelhecer na cidade
O perigo aqui no Rio
Tanto frio, tanto frio...
O topo da cadeia
O destino só cambaleia
Fantasias qual mortalha
Um beijo no fio da navalha
Estamos fechados para balanço
Me canso, me canso...
O topo da cadeia
A verdade agora é só meia
O tiro pegou na testa
Foi uma grande festa
A cor da moda é o lilás
É lá atrás, é lá atrás...
O topo da cadeia
Está na hora da ceia
E a mais bonita poesia
É apenas uma comida fria
Deixaram lá na geladeira
Que besteira, que besteira...
O topo da cadeia
Na cadeia, na cadeia...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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