segunda-feira, 17 de maio de 2021

Quase Tango

 

Quase tango, quase espanto,

sem ter nada além do espaço

Uma história quando muito,

é a mistura de brisa e cansaço...

Quase pena, quase um luto,

perdeu a guerra, veio fracasso,

Tudo é simples enredo triste,

enredo que eu mesmo traço...

Não há mais gato e nem linha,

esse novelo eu mesmo embaraço

Mas foi tudo ou quase nada,

em cada dia eu morro e renasço...

Triste gosto, quase um veneno,

sou passarinho caindo no laço,

Me dói tudo ou quase tudo,

tome cuidado, nem mais um passo...

Quase um estilo, quase sono,

já fumei tudo, quase um maço,

Se te amei, eu não mais sei,

foi apenas um erro crasso...

Quase música, quase festa,

terno e rude tal qual o aço,

Façam silêncio, fechem a boca,

ouço passos lá no terraço...

Quase tango, quase espanto,

sem ter nada além do espaço

Uma história quando muito,

é a mistura de brisa e cansaço...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...