Não, nunca, desconheço essas palavras pela metade. Hei de teimar até o fim. Nossos sonhos são espinhos que deverão ser sentidos, doer é apenas uma circunstância inevitável ou não. Rir, é o que mais podemos, mesmo na hora do choro. Esperar, mesmo que o tempo pareça ser pouco, mas isso é um grande engano, o tempo só nos manda quando desistimos de não sermos o seu mestre. Não, nunca, devemos prestar mais atenção, os nossos enganos são outros...
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A verdadeira sabedoria ri da nossa cara. Ter não é mais importante de que ser. Tudo o que atingimos, de uma forma ou outra, acaba nos escapando entre os dedos. Os metais enferrujam, os tecidos rasgam, os brinquedos quebram. Os versos são mais duradouros que os castelos; as canções em nossa memória são mais eternas que aquilo que vivemos disputando para depois não querermos mais. A verdadeira sabedoria ri da nossa cara. E muito...
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A minha sombra me segue, não se cansa, não se enfada, não se entedia. Espera pacientemente que eu prossiga pelo caminho. Ela não me condena, nem me absorve. Não me ataca e nem me defende. Não me faz perguntas inconvenientes sobre o que faço ou deixo de fazer. Mesmo quando desaparece no meio da escuridão, continua lá. Calma, tranquila, sempre. A minha melhor companhia.
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Teus olhos assim me seguem
Fera por toda noite...
Quanta luz mesmo escura!
Falta-me o ar
E falta-me o tino decerto...
Mesmo que não penses
Mais em mim
Continuo em minha teimosia...
Por que me mataste?...
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Rasguei minha fantasia
de uma só vez...
Calei todos os blocos
matei esse carnaval...
Fiquemos em silêncio
como bons meninos...
Só nossas asas
continuam batendo...
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Acendi um cigarro como se fosse o último
Falta-me a venda nos olhos feito condenado
Lancei a fumaça como quem desenha
Mesmo que faltem as cores mais necessárias
O amor é assim mesmo e sempre foi
Nunca é pobre, é sempre rico
Mesmo quando dorme em calçadas...
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Tenho tanta pressa
de mim mesmo
Como sol
pra entrar em janelas
Como tempo
matando relógios
Terças logo serão
apenas quartas
com gosto de quintas
Tudo é uma simples
partida de dominó
Um brinquedo novo
quase quebrado
Tenho tanta pressa
que agora nem
me conheço mais...
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Urubus e bem-te-vis
disputam espaço
pelos flashes das câmeras
com seus sorrisos caprichados...
Não há razão
(pelo menos por ora)
de lembrarmos
de circunstâncias forçadas...
Os loucos tocam clarins
para que a Rainha de copas
ordene logo logo
que cabeças sejam cortadas...
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