Eu não sei quem sou
Mas todos os dias são iguais
Pois meu sonho acabou
Mas na frente existem mais
Existem sonhos diariamente
Existem muitos carnavais
Que atormentam minha mente
Com suas chamadas gerais
Eu não sei quem sou
Nem eu sei de onde eu vim
Só sei que o dia já terminou
Fecharam as rosas do jardim
Isto é o que chamam de vida
E toda vida tem o seu fim
E mesmo assim há a ferida
Que se abriu dentro de mim
Eu não sei quem sou
Conheço as dores mais profundas
Como um poço que se cavou
Em areias do fundo oriundas
E mesmo assim vou me rindo
Das minhas ilusões tão infecundas
E só sei que se vão sempre repetindo
Sábados e domingos e segundas...
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