terça-feira, 25 de novembro de 2014

Le Jaque, Le Man

Resultado de imagem para psicodélico
A rede pelo menos uma vez dispensa
Ramalhetes floridos que achei em Portugal
E ainda minha mente assim recompensa
E ainda pensa e ainda também passa mal

Passa mal em ventantes vindos de além
Quem sabe de mares nunca dantes navegados
Eu faço o mal e às vezes também faço o bem
E agora também danço aqueles meus xaxados

Não fiz não fiz coisas que agora me acusam
Não fui eu que destruí todos os canteiros
Foram os matarangos que sempre abusam
Quando não chegam nas provas em primeiros

Um balé é instrumentado por muitos trovões
Violinos e violões em cigano acampamento
São pirilampos mineiros em escuras prisões
E a digital prendendo logo cada um momento

Eu sou dos homens o que tão mais moderno
Escalo em letras sem precisar de uma escada
Juntei paus de lenha e mesmo fiz meu inferno
É porque essa vida não me deu mais nada

Em estrofes mais coloridas sem ter mais cor
As minhas amadas já escorrem entre os dedos
Foram as fadas que me presentearam com a dor
E em profundos labirintos vagueavam os medos

Flautas de Pã sopram agora no campo sozinhas
Engulo todo cálice que me deram de uma só vez
E se na minha cara não cresceram as espinhas
Deve ser porque ainda não chegou o fim do mês

Não não a peça ainda não chegou na metade
Aliás vai desfilando num carnaval cheio de lira
Em todas as tramas e dramas eu não fui covarde
Este é o segredo de quem à tal nos ainda prefira

Vamos estudar um por um cada um detalhe
Histórias falsas e detalhes que possam à parte
O pó voa sem ter ninguém que assim o espalhe
O homem agora vai morar de uma vez em Marte!

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