Nunca inventei nada. As invenções são apenas chegados viajantes de todos os tamanhos. Mesmo que sejam só palavras. Ou ainda menas. Sónadas numa boca seca de quase amanhã. Há sequelas que todas as coisas. Boas ou más. Em grilhões forjados pelo próprio condenado. Há loucura nos jovens. E há também loucura nos velhos. Beira de abismo. E salto livre. Não é porque eu quis. Aconteceu e acabou. Não há nada mais triste que o voo de algumas aves em bando. Na direção de um sol inatingível. Prometo nunca mais chorar sem piadas. Ziquinha já chorou de verdade? Porque fingimos pra nós mesmos pelo leite derramado. Que leite? Tudo é água em direção ao rio na sua cumplicidez com o mar. Haviam velhos jogando alguma coisa nas praças. E ninguém nota se uma história bonita acabou. Porque todas as histórias são bonitas. Cada uma ao seu modo... Umas mais rápidas. Outras que nem pingo de soro. Ping ping ping... Agonia dupla. Dos olhos e de dor mesmo em si. Haviam muitas borboletas antanho. E outros inseticos sem nome. E aquelas florinhas roxas que parecem passarinhos. Depende da forma que se forceia as vista. Dias de brisa. Lugar-comum. E decalques presos na geladeira da sala. Junto com o caixotão de madeira que esquentava aos poucos e que mostrava ilusórios de preto e branco. Todo dia é dia e toda hora é hora. De saber que esse mundo não é seu. Nem pense. Nem tente. Só uns rastros no caminho ficam. E olhe lá. Nada à mais. Nada além. E minha mágoa fica ali no cantinho fazendo bico. Doida pra pular em cima do primeiro candengo que ficar de brincadice. Tem vários termos e nenhuma hora. Várias louquices pelo ar cansado. Eu nem me canso. Já parei. Em versos mouros que combatem com as espadas do ontem. Nem lembro e isso é muito bom. É choresmo reduzido. Tal e qual bula de remédio. Serve pra ficar na caixa. Morrer no berço e tchau. Tchau madama. Tchau cavalheiro. Se foi a água na sarjeta. A direção do vento guiou o caminho. Nem com poste eu falo mais. São mui faladores. E vá que a minha língua fique cansada. Como o resto do corpo com suas peças envelhadas. A saia da leba tem as sete cores do arco-íris e eu ainda não conheço ninguém...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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