Somos modernos. Somos eternos. Somos os ternos. Construídos com a mais alta tecnologia. Somos o dia. O prato do dia. A notícia em primeira mão. A comoção nacional. A primeira opção. O mais novo cigarro. E o carro.Vindo na contramão. Somos os pães. As manhãs. Os mais honrados cidadães. O novo vídeo de mil polegadas. A tela. A janela. A estrada sem pegadas. Somos o riso pré-fabricado. A saudade sem distância. O início. O vício. A ânsia. A sandice. A velhice. Sem infância. A comida pré-congelada. O cartão de dados. Dados infinitos. O clamor desesperado. Mas sem gritos. Há mais números. Menos nomes. Na verdade e meia. A piedade alheia. Gestos matando fomes. Somos cantores. Somos atores. Não temos dores. Elas ficaram no Plano de Saúde. Fiz o que pude. Eu faço tudo. Sou bem mandado. É o veludo. Pro caixão ficar forrado. Somos a moda. Somos a foda. Medidas contraceptivas. Várias mortes vivas. Milhares de olhares. Muitos bares. E malabares. É a nova novidade. Legítimo artificial. Menos mal. Eu tento ser sempre igual. Somos modernos. Somos eternos. Não somos ternos. O terno saiu de linha. O trem saiu da linha. Erva daninha. Vamos falar outro idioma. Com todas abreviações. Não sabemos fazer a soma. Mas todas inovações. Corretamente políticos. Apocalípticos. Politicamente corretos. Alguns insetos. Formigas pensantes. E falantes. Quantos mirantes. Mausoléus cheios de movimento. Somos modernos. Somos eternos...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Somos Modernos
Somos modernos. Somos eternos. Somos os ternos. Construídos com a mais alta tecnologia. Somos o dia. O prato do dia. A notícia em primeira mão. A comoção nacional. A primeira opção. O mais novo cigarro. E o carro.Vindo na contramão. Somos os pães. As manhãs. Os mais honrados cidadães. O novo vídeo de mil polegadas. A tela. A janela. A estrada sem pegadas. Somos o riso pré-fabricado. A saudade sem distância. O início. O vício. A ânsia. A sandice. A velhice. Sem infância. A comida pré-congelada. O cartão de dados. Dados infinitos. O clamor desesperado. Mas sem gritos. Há mais números. Menos nomes. Na verdade e meia. A piedade alheia. Gestos matando fomes. Somos cantores. Somos atores. Não temos dores. Elas ficaram no Plano de Saúde. Fiz o que pude. Eu faço tudo. Sou bem mandado. É o veludo. Pro caixão ficar forrado. Somos a moda. Somos a foda. Medidas contraceptivas. Várias mortes vivas. Milhares de olhares. Muitos bares. E malabares. É a nova novidade. Legítimo artificial. Menos mal. Eu tento ser sempre igual. Somos modernos. Somos eternos. Não somos ternos. O terno saiu de linha. O trem saiu da linha. Erva daninha. Vamos falar outro idioma. Com todas abreviações. Não sabemos fazer a soma. Mas todas inovações. Corretamente políticos. Apocalípticos. Politicamente corretos. Alguns insetos. Formigas pensantes. E falantes. Quantos mirantes. Mausoléus cheios de movimento. Somos modernos. Somos eternos...
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