sábado, 20 de outubro de 2012

Não É Noite


Não é noite... É só aflição
É o ritmo acelerado
Aflito desesperado
Lá dentro do coração

E andam meus pesadelos
Como quem vai no mercado
Presságio vindo marcado
Levantam os meus cabelos

Não é noite... É só medo
Do plano ter sua falha
Esquece não espalha
A dor também tem enredo

E nem sei onde é o começo
É triste estar fadado
Nem sei qual é o lado
Ou se mereço teu apreço

Não é noite... É tempestade
Me queima esse mormaço
E me falta o espaço
Pra ficar bem à vontade

A testa queima e arde
Eu sou um pobre coitado
Menino mofino e trancafiado
Pronto pra ser um covarde

Não é noite... É só dia
O dia está sempre nu
Às vezes é um cruel azul
Mesmo sendo de alegria

Eu rio sem ter motivo
Maluco bandido safado
Mas devo dizer obrigado
Quase morto quase vivo

Não é noite... Não é noite!

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Poesia Gráfica LXXXVI

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