quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Museu de Modernidades


A invenção do momento foi feita ontem. E agora desfila na passarela. E quanto mais precisamos. Mais dependemos dela. O desnecessário se torna necessário. Ao ponto de desesperar. Mesmo que seja o contrário. Daquilo que vamos precisar. Esvaziem suas carteiras. Usem seus cartões de crédito. Obter tudo de quaisquer maneiras. É apenas um propósito ético. Ter não é preciso ter sentido. É um bando de ovelhas no abismo. Comprar é um dever cumprido. E viver só um fatalismo. 
A invenção do momento foi feita agora. E no momento desfila na passarela. E quanto mais nos demora. Mais queremos ela. O fútil é a necessidade. Ao ponto de nos matar. Nos mata a vontade sem vontade. Viver é apenas gastar. Balancem suas cabeças. A voz de Deus é a voz do povo. Não sejam crianças travessas. Comam seu pão com ovo. Ter não precisa ter razão. É um bando de galos cantando. Lá vem a nova estação. É tão bom estar desperdiçando. Agasalhos para nosso verão.
A invenção do momento não foi feita. E no momento está descansando. E quanto mais se fica parado. Mais vemos a tela. Eu quero você quer nós queremos. Que tudo seja assim. E nunca perceberemos. Se existe um fim. E se existir tanto faz. Não esperamos mais nada. Não dão manchetes a paz. A paz não é grande jogada. A jogada é o último modismo. O modismo sabe fazer. O resto é o nosso estrelismo. Até quando se pensa em morrer...

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Poesia Gráfica LXXXVI

T U A T R A N Ç A T O D A D A N Ç A T U D O A L C A N Ç A F E R O Z E M A N S A ...............................................................