sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Futebol


É como um futebol.
Faça chuva ou faça sol.
O nosso time vai entrando.
Vamos respirando.
E a bola rola na grama.
Ninguém me ama.
A partida é a partida.
E só há a vida.
Bobos ou astutos.
Só há noventa minutos.
As vezes prorrogação.
Pobre coração.
Uma grande sede.
E o olho na rede.
Que sempre espanta.
É tantra. É tanta.
Fúria num peito só.
É tudo. É nó.
É o grito lá na geral.
Que drible fenomenal.
São cores se confundindo.
Só rindo. É lindo.
A nossa febre é alta.
É falta. É falta.
É tudo por um triz.
Xingaram a mãe do juiz.
Não vale botar a mão.
Aqui é a lei é do Cão.
É só correr pro abraço.
Se come mais um pedaço.
No fundo é um combate.
Derrota. Empate.
Se pensa em fazer besteira.
É tudo uma grande feira.
É a tarde de domingo.
Na próxima eu me vingo.
Continuo vendo as imagens.
Fazendo minhas bobagens.
E o resto quem sabe.
No meu peito ainda cabe.
Uma outra vez.
É certo o fim do mês.
E o leite pras crianças.
Quem sabe são esperanças.
São dias do porvir.
Levantar e depois cair.
Cair sempre de novo.
É o novo. É o povo.
Saiu na Revista Veja.
Coloque outra cerveja.
Há muito perdi o nexo.
É o sexo. É o sexo
Com minha patroa.
De boa. De boa.
Amanhã visto a camisa.
Precisa? Precisa.
Eu quero fazer barulho.
É o orgulho. Orgulho.
É um entre os milhões.
Nos sótãos e nos porões.
Pertenço à realeza.
Tá bom. Beleza.
Agora me sinto o tal.
Tá chegando o carnaval...

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