Hum! Vou cantar que nem boi doente
Eu não tenho nada e nem parente
Tava lá atrás nem olhei pra frente
Pois é tudo igual se é diferente...
Hum! Comprei uma cara de madeira
Dei um chute no rabo do Zé Pereira
Não tem nem água na geladeira
Quando eu penso é que sai besteira...
Hum! Quero um salgado com travessura
Era quase de manhã lá na mata escura
Pois o cara veio cheio de frescura
Até o que está curado não tem mais cura...
Hum! Cocei meu saco quase um panda
Eu só bato pandeiro na tua banda
Sou cavalheiro nem quero demanda
É creme chinês feito na Holanda...
Hum! Bebo uma daquelas só no barril
Eu me caguei e ninguém viu
Só tem janeiro mas não tem abril
Quase que eu fui pra puta que pariu...
Hum!...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário