terça-feira, 29 de abril de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 341

Por me faltar gestos

Ou não ter palavras

Só então me resta

Olhar os teus olhos

Como um pirilampo

Admira uma estrela...


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Não, eu não sou o soldado

Que entrou em fileiras por maldade,

Malvada é a vida,

Malvado é o mundo,

Eu sou o soldado que quer voltar pra casa...


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Não é que eu não goste do amor,

Todos os poetas gostam,

Não é que eu não admire a beleza,

Todos os poetas admiram,

Não é que eu abomine o riso,

Todos os poetas gostam dele...

Eu falo muito da tristeza

Porque ela vive falando de mim...


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Eu sou meu próprio Universo. De um extremo ao outro. Todos os detalhes. Eu sou o meu próprio Mundo. Os países que lá existem. Alguma paz, todas as guerras. A minha própria pintura. Pois não? Nela estão todas as matizes. A própria essência - da inspiração à ideia, da ideia ao esboço, do esboço até a realização e, finalmente, a obra que permanecerá num simples canto. Eu sou os meus dias...


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Ando em um labirinto feito de palavras. Não sei mais onde começaram, nem onde terminarão. Muitas delas me acariciam. Mas muitas delas acabam me ferindo. As palavras são desse jeito mesmo. Algumas berram, outras são tímidas. Umas vivem nas praças, outras nem do quarto saem. Só sei que abri as janelas e fechei as portas...


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Toda saudade é faca,

Fere quando ataca

Todos os medos são nossos,

Doem até os ossos

Toda paixão é louca,

Mesmo demasiada é pouca

Todo velho é menino,

Nunca envelhece o destino...


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 Porque tentei e tentei tanto

E após aquele cansaço

A pobre alma se fez em cacos...


Porque tentei e tentei tanto

E após aquele fracasso

Acabou todo e qualquer barato...


Porque tentei e tentei tanto

E após aquele espaço

A fruta envelheceu mas não madurou...

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