segunda-feira, 28 de abril de 2025

Carliniana LXIX ( Sobras Interiores )

O nada que tive hoje

Não é o mesmo nada de amanhã...


Eu quero te ver desesperado

Como quem tentou errar

E acabou acertando todas...

Aquele meu amor quase eterno

É o moleque que sorri sem motivo

Trazendo qualquer estandarte...


Pisei em cima das flores

Com estes meus pés de nuvens...


Eu quero te ver tão calada

Como quem fixa os olhos 

E acaba adentrando no espelho...

A minha maldade é só bondade

Que nem eu mesmo sei

Como é um labirinto em linha reta...


Entreguem para o velho cão

Para roer seus próprios ossos...


Eu quero me ver gargalhando

Como um desespero mais poético

Que esqueceu de fazer versos...

Quantas ruas ainda teremos

Para sangrarmos os pobres pés

Antes que esta noite eterna chegue?...


Se quer comer alguma coisa

Encha seu prato com as sobras...

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