Manhãs tão tristes como tardes e noites...
Ah! E não nos esqueçamos das madrugadas!
A velhice acabou chegando sem cumprimentar.
Quem somos nós? Os mais tristes artistas,
Os clowns da ignorância, falidos vilões...
O leão rola na lama, mas as pulgas sabem nadar...
Nem todos os copos do mundo nos bastam...
Todas as drogas levam ao mesmo poço
E para se esconder nenhum poste é suficiente...
Nem tudo o que se aprendeu é o mais certo.
Não adianta se abrigar sob os escombros!
As tempestades acabam vindo mesmo à revelia...
A fumaça sobe sempre em direção ao nada...
Consigo ser mais ridículo ainda do que sou?
Consigo beber até não cair no chão? Vomitar?
Algum dia dormi em paz comigo mesmo?
Sou o mesmo que olha no espelho todos os dias ou não?
Não sabemos se tudo valeu ou nada existiu...
Se a morte é o castigo para todos ou uma dádiva...
O cão tenta morder a sua própria cauda
Enquanto os incensos acabam invadindo o ar...
E o sábio não possui resposta alguma
Principalmente para as perguntas que não fizemos...
Quer um café? Pena que não tenho nem isso!
Mas se quiser recordações tenho centenas, milhares talvez...
Arrume direito essa camisa, venha para cá logo...
Ainda há muitos e muitos caminhos pelo sol!...
(Para L.L.P., extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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