quarta-feira, 23 de abril de 2025

Carliniana LXVI I I ( Mentirosas Verdades )

Alguém me ama pelo que eu sou

Eu estava calmo na hora do gol...


Mentira! Para cada dez versos

O poeta faz no máximo um que sente

Os outros são meras acrobacias

Para que ele se sinta contente...


Me ovacionam por aquilo que digo

Falar a verdade não oferece perigo...


Eu olho toda e qualquer uma bunda

Como se não fosse nenhum pervertido

E aceitar qualquer moda ridícula

É sinal de bom senso e faz sentido...


Vamos tentar enxergar além do muro

Mesmo que isso seja perigoso e inseguro...


Faça chuva ou mesmo ainda faça sol

Tudo estará sobre nossas pobres cabeças

E mesmo correndo nunca escaparemos

Das mais cruéis de todas as sentenças...


Alguém só me ama pelo que eu tenho

E afinal de contas nem sei de onde venho...

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