A cara dela de deboche
Algumas tatuagens sem lugares definidos
Os meus tiros dados no escuro
Sem me lembrar quais os tempos idos
Quero o corpo e quero a alma
Sou mais um paciente sem trauma
O jeito dela sem jeito
O amanhã que parece ontem e igual
A uma rotina sem rotina
O sangue ferve sendo isso tão normal
Teus olhos estão fora de lugar
Isso é comum não podemos evitar
O Cão que dorme ao teu lado
É o mesmo que não pode me morder
Eu coloquei minhas asas novas
E é ele que não poderá mais se socorrer
Ela e ela e ela
Por que até as dores me fazem lembrar de você?
(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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