O cansaço obrigatório
Aqui estamos
Entre nuvens que não vemos
E demais pesadelos
O peso quase certo
De dias e dias e dias
Algumas reticências certamente
Brilho de metais
E tempestades de poeira
Comendo tantos olhos
Um pouco de calma
E tudo pode ou não
O talvez nos mostra seus dentes
Que expressam serena ira
Um estalo de dedos
E as cartas cairão
Apertar de botões
O cigarro quase aceso
O prato do dia
É um nó apertado
Rir sem propósito
A praxe sem graça
Agora há grilos sob o sol
E inexplicações contundentes
Espadas de fogo em papel
O fruto proibido
A recompensa do culpado
Qualquer hora
Nenhuma dádiva
A fama desconhecida
Catacumbas sem Paris
Bonde sem desejo
Música surda-muda
Seriados antigos
Não há perguntas
O bêbado esqueceu
Nada atrás da cortina
Somos frangos
Talvez ratos
Do que não foi nosso
O que não se mira
É o que se acerta
O samba caiu
O fio do plumo
Não faça perguntas
O gênio da lâmpada elétrica
Carros de boi vegetarianos
Farofa na praia
Velas na encruzilhada
Escândalo da elite
Nem nos vimos
Mas aqui estamos...
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