quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 222

 

Desenganos se escondem nos bolsos

Para poderem passear por aí

Cantos praças e vertigens...

Sonhos voam sobre nossas cabeças

Parecendo pequenas estrelas

Começou o desenho animado...

Eu andarei despreocupadamente

Como se o mundo se acabou

Por ruas que não conheço...


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Que comece logo o tango

Com certa dramaticidade

De todas as coisas bonitas

Mesmo que sejam tristes...

Que comece logo a ciranda

Ainda que com a tontura

De todas as coisas bonitas

Mesmo que sejam tristes...

Que comece logo a poesia

Até quando nos faça o choro

De todas as coisas bonitas

Mesmo que sejam tristes...


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Sono às avessas

O que poderei fazer?

Em muitas de minhas noites

Sacrifico muitos cigarros

E tenho alguns sonhos

(Ou será ao contrário?)

Depois pesada manhã

Onde passarinhos em seus galhos

Cantam algumas óperas

Enquanto as flores

Dançam tangos com borboletas...


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Nervos doloridos

Cabeça rodando

Carrosséis malvados

Flores taciturnas

Estoura um som no ar

E o plano malvado

Malvado falha

Uma criança sorri

E triunfalmente diz:

- Bom dia!...


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Moedas contadas

Antes quase vinténs

Numa máquina do tempo

No meu andar de cima

Lembro-me

Castigo ou saudade?

Deve ser os dois

Não tem assim

Muita diferença...


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O juiz leu minha sentença (com o mesmo semblante dos que não sabem nada ou não queria saber): - Perante as provas aqui apresentadas e por decisão unânime do júri, o réu fica condenado à sonhar até o último dia de sua existência, sendo-lhe vedada sentir tristezas, exceto aquelas acompanhadas de saudade, deverá também ficar alegre em dias de carnaval mesmo se esses forem em dias de chuva. A sessão está encerrada! - E bateu seu martelo...


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Tem alguma carpideira por aí?

Se tiver, tenho alguns trocados

No fundo de meu bolso sujo, eu pago...

Já estive em numerosos funerais

E soube da partida sem volta

De muitos que um dia amei...

Não quero mais, chorem no meu lugar!

Tem alguma carpideira por aí?...


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