Com pouco espaço feitos extraordinários
Afastam-se do leproso
Para que ele não corra algum perigo...
Com poucos risos a comédia do ano
Esqueçam de sóis passados
É perigoso acordarmos nossos mortos...
Uma banda toca sem plateia na praça
Nunca fomos tão miseráveis...
Com tão pouco amor tantas palavras vãs
Lembrem-se só do sexo
Ele parte sem deixar algum pesadelo...
Com tanta mentira pagamos nossos pecados
Liguem logo a televisão
Tem um desastre novo chegando triunfal...
A mocinha com seus dentes bem cariados
Oferece o corpo que não tem...
O negro foi espancado pelo simples fato de sê-lo
Faz parte da sempre sordidez
De uma sociedade que se esconde sob o tapete...
Toda tristeza saúda e vem pedindo passagem
Não chegou o carnaval
Mas as correntes já rangem lá no nosso porão...
Um poeta miserável e simples desesperado
Chora por aquilo que não queria ver...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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