Conserva-se em sua brancura enganosa
Assim mundo e pessoas
Olhem só! As obturações escondem cáries
E a maldade maquiada com falsa estética
Falemos do amor que não temos
De nuvens que não veremos de pertos
Pesadelos tão maquiados...
Debaixo do tapete cinza dos mortos
Tudo que temos agora
Na invisibilidade seres miseráveis
Que cumprem a pena do nascimento
Vida e morte faces do mesmo espelho
Aquele espelho repleto de manchas
Do creme dental de todas as manhãs...
Mãos limpas e cabelo penteado
E roupas impecáveis de marca famosa
Serenos hábitos de pura educação
Inexistência total de choro
Amor enjoativo como doce
Que alguém errou no açúcar
E ainda toda a podridão existente...
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