Ela é dona do seu corpo, mais ainda de sua alma, como poucos serão. Trancada no seu quarto, fugindo da TV, cavalga em ginetes saídos da escuridão do tempo sem cair sequer uma única vez...
Libertina,
marginal,
como outras,
sem igual...
Ela construiu a máquina do tempo, o espaço agora é um simples detalhe que não importa, nem o barulho dos carros nas manhãs ou dos bêbados na noite lhe afligem, suas correntes já foram partidas faz tempo...
Libertina,
assanhada,
muito séria,
engraçada...
Ela perdeu o medo do amanhã, mesmo se ele chegasse agora trazendo todas as novidades boas ou ruins, todas as vidas são mais ou menos rios e vão chegar no mesmo lugar...
Libertina,
fugitiva,
nunca morre,
sempre viva...
Ela é a ladra que roubou um anjo, pegou suas asas e foi ao local mais alto para de lá poder voar, escolheu a torre de um castelos desses bem bonitos, só não perguntou se o anjo era demônio...
Libertina,
quem diria,
vestiu luto
ou fantasia...
Ela pediu ao poeta que fizesse versos bonitos, esqueceu da noite que vive nele, que a alegria do poeta se perdeu por aí e vive pedindo socorro sem encontrar seu triste dono...
Libertina,
sem igual,
mesmo a morte
é carnaval...
(Para a poetisa Tônia Lavínia).
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