terça-feira, 1 de junho de 2021

Outra Lua

 

Não me importo,

muitas são as surpresas,

o bem e o mal acabam se confundindo,

no meu coração ainda há vagas...

Esqueci as lições de casa,

a sobrevivência se desespera

e enquanto seus gritos ecoam,

todos os apáticos dormem...

Trocaria minha eternidade

por um momento de esperança,

sentindo que o amor

não me feriu feito um espinho...

Eu sou igual a mim,

as dores me ensinaram

que até espelhos podem mentir

e a brincadeira sempre começa...

Fogo e água matam igualmente,

todos os tesões são iguais,

estômagos sempre doem,

o tempo dança sobre os caixões...

A estética dispensa detalhes,

a beleza não é imune à tristeza,

tudo acaba morrendo um dia

imerso na mais fria solidão...

Chamem depressa os lobos,

preciso uivar junto à eles,

depois corremos na madrugada

procurando nossas presas...

Voem seres da escuridão,

toda pressa é muito pouca,

vamos ganhando a altura

até não podermos mais...

Não me importo,

muitas são as desilusões,

todo sono será acordado,

poderão acabar os pesadelos...

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