Todo vento que venta perto
Traz a poeira, a tonteira
De um peito mais deserto
Todo vento que venta longe
Traz o voto, o controle remoto
O silêncio doente do monge
Todo vento que venta quente
Traz qualquer dia, traz alegria
Até quando não se está contente
Todo vento que venta frio
Traz o fim da fogueira apagada
A tristeza de um quarto vazio
Toda venta que venta bem alto
Traz aquela mais grato surpresa
De uma alegria chegando de assalto
Todo vento que venta baixo
Traz toda a confusa incerteza
Daquilo que quero e que acho
Todo vento que venta mais forte
Traz a preocupação da nossa vida
E a aceitação tranquila da morte
Todo vento que venta mais brando
Traz a tranquilidade de se dormir
Mas eu me pergunto: Até quando?
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