Areias que afundam os meus pés
Nesta mais insana solidão
Eu que vivo todo ao invés
Marcado pela minha tola paixão
Paro um pouco estou cansado
Olho o mar bem na minha frente
E até meu rosto tenho disfarçado
Sorrio fingindo estar contente
Os carros passam segue-se o dia
O tempo não pode ser interrompido
A imortalidade incomoda quem diria
É triste estar vivo e ter morrido
Respiro com avidez o aéreo sal
Que chega pelas narinas invasor
Agora não temo mais o mal
Até acostumei com minha dor
Um dia me cansarei mas não agora
Tudo um dia há de se cansar
E nesse dia poderei ir enfim embora
E assim vai acabar meu caminhar...
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