E eu fazia como sempre meu espetáculo...
Um espetáculo de luzes, cores e puro desespero...
Porque eram tristes estes meus dias
Fosse qual fosse todo o meu esmero...
E eu fazia o meu discurso pensando que falava...
Aquilo que era o mais certo e mais adequado...
Mas o tempo calou de vez a minha voz
Me ensinando que não há certo nem errado...
E eu dançava a minha estranha dança...
Sem ao menos saber se era ou não feliz...
Com os pulsos cortados e de braços quebrados
Minha vida continua por um triz...
E eu perdia meu sono em pesadelos...
Não adiantavam duvidosos comprimidos...
Revirava na cama para todos os lados
Ali jaziam os meus velhos ossos doloridos...
E eu fazia como sempre meu espetáculo
Um espetáculo de luzes, cores e puro desespero...
Ainda guardo estes meus tristes dias
Fosse qual fosse todo o meu esmero...
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