A vida às vezes traz lembranças inesquecíveis
E tudo se resume em gestos simples e ternos
Era um jardim tão lindo e um doce tão bom
E a novidade do brinquedo novo tão desejado
Era um beijo dado de repente em teu rosto
Fazendo o coração acelerar numa boba corrida
Eu ainda acredito em velhas e noturnas assombrações
E em noites escuras de muito vento e muita chuva
Eu sei que faltou certa ternura e fui um dia rude
Mas é que as mãos que colhem flores para teus cabelos
Também servem para enterrar os nossos mortos
Perdão se gaguejei na hora do discurso e suei frio
É que às vezes até a felicidade pode doer e dói
Agora a roupa é nova mas o corpo já envelheceu
E o caminho tem menos pedras mas os pés pararam
Não não eu nunca reclamei da tua partida
É nossa escolha própria dos abismos que saltamos
Apesar de meus olhos doerem de contido choro
Quantas vezes bati em tua porta e ela não se abriu?
Devias estar dormindo um sono de mil sonhos
E sonhos nunca devem ser incomodados
O pássaro ainda vive mesmo dentro da gaiola
E a há um sol morno lá fora como qualquer sol bom
Eu sou o cacique cheio de penas daquele carnaval
E o palhaço que se vestiu todo de vermelho
O mágico sem cartola que faz aparecerem palavras
E as palavras podem ser mágicas sempre e sempre
Tudo dá certo mesmo quando dá errado
A cartilha já tinha sua lição do dia marcada
Esperemos então algumas novidades amigas
E quem sabe se não apenas sonhei quando do beijo
Vi um leve rubor em tuas faces...
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