sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Insaneana Brasileira Número 41 - Fiz Favela

Fiz favela. Em anos apagados e estreito espaço. E eu não queria mais é pensar. É fato. É foto. E não pintou nenhum clima por aí. Era tortuosos e sinuosos caminhos que machucavam o pé. Palavras erradas e sem sentido alumiavam uma noite quase que escura em mim. Não posso falar muito. As palavras são pequenas mas engasgam. E a garganta dói como em dias de tombo. Sou eu aqui. O mesmo que cantou uma canção desconhecida e sem sentido. Mas que durante marca gregos e profanos. Eu quis fazer várias combinações mágicas e falharam todas. Não é assim mesmo. Só que acontece. Rumemos para a lua em ocasiões mais propícias. Aqui estamos novamente como sempre. Tipo até trapos velhos se assim precisar. O cheiro de antigo em trancadas gavetas e nenhuma emoção no olhar. Não tentem decifrar enigmas - eles ferem. E muitas pragas acabam saindo sem querer. Porque erramos em letras essenciais e bons óleos aromáticos. Eu quero paz. E menos tiros zumbindo pelos ares mesmo que invisíveis. Salvador Dali teve um pesadelo e teceu novas redes logo que acordou. Não vou citar nomes. Nunca! Mesmo porque os esqueci... Há um cheiro constante de cigarro em minha boca. E a cara da maldade que na verdade não tenho. Eu sou o que sou. E algumas frases feitas acabam dando certo. Há várias lâmpadas apagadas e pirilampos de folga. Eu nunca fiz um verso. Todos eles é que me fizeram. Ainda não fui embora porque o poema não acabou. Não rodem ao redor da roda. Há muitas mortes nunca anunciadas que acontecem. E antes persistirem escritos no chão. O ar falta às vezes e nós nunca o vimos antes de sua tentativa de nos matar. Caso contrário somos nós os assassinos. Bela imagem ridícula. É a pintura barata e a parede só no tijolo e o beijo escondido delas duas o começo de todo enredo. Mandem novos fogos pelo ar. Sem comemorações. É solitária a vida de qualquer um vivente. E pena que podia e nunca aconteceu. É o elixir na mão do mago. E não deixa de ser venenoso se assim o quiser... 

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