Não sabemos até que ponto. Mas viva a vida sem sentido. Os contrapontos eruditos das liquidações com preços aumentados. E o que é ridicularmente aceitável. É político e foi passado e engomado como manda o figurino. Achamos que é o brilho de uma estrela que nos espera. Só não há estrela e nem brilho. A música continua mas acabaram-se os pares. Amanhã é o dia. O dia de percebermos que depois de amanhã é que é. Numa sucessão de adiamentos. O cavalo e a cenoura pendurada no caniço. Nossa jaula não tem grandes. Mas tem uma placa escrita. Não saia. E nosso medo é maior que nossa força de viver. Não se preocupe. O que tem que ser dificilmente será. Só meras coincidências aparecem. Como um dinossauro na sala de estar ou um dragão chinês no jardim. Maldade e apatia são dois travestis gêmeos. Balas e mariolas para enganar as bocas. E consumo exaustivo de oxigênio. Até os sonhos ficam de vara curta ante necessidades básicas. Eles ganharão a corrida somente com esforço dobrado. Necessidades básicas e dispensáveis. Balançar a cabeça em sinal afirmativo é uma delas. A outra é inventar antigas coisas e continuar a não resolvê-las. Viva a bela. Ela é vulgar suficientemente e sua bunda compensa qualquer esforço. Viva o moço. Seu tempo não tem preço e ele cabe em qualquer bolso. Porque moedas são deuses metálicos ou de papel. E se disfarçam em outras tantas coisas. Resistir à eles só os transferem para outros passos. São lindos os nomes inventados com ares de uma graça inexistente. Vamos dormir sem sono. Andar sem vontade. Elogiar cem vezes a feiura que miramos em qualquer espelho sujo. Para tudo há uma desculpa se não for o próximo. O pecado se mudou e não deixou endereço. Seu telefone não atende. Confusões atraem na casa da frente. E o riso da maldade anda solto. Pílulas milagrosas e coloridas para todos os gostos e gestos imagináveis. Não somos nós que inventamos essa paródia. Ela vem de tempos perdidos no tempo. Quem mata irá morrer. Numa hora ou outra a casa cai. São vários pratos no cardápio com um só destino. Pés descalços e pés calçados andam na mesma direção. Enquanto há tempo tiremos a máscara ou as tintas. A melhor fórmula é fórmula alguma. Não se enganem. A simplicidade é a estratégia dos verdadeiramente grandes. Muitos detalhes atrapalham. Nem sempre o prêmio agrada. E nem sempre águas turvas são mais perigosas que as claras. As serpentes também possuem cores. E o jornal esquece de falar de coisas inconvenientes. O som vazio entorpece os nervos. E dançar é dançar sempre. Podem se servir. Está uma delícia. Não importa o que virá depois. Pensar é para os fracos. Quando fraqueza e força se confundem. Não leiam versos se não quiserem chorar. O carnaval acabou ontem e o próximo virá logo. Mesmo que seja de um outro tipo enquanto se espera o original. Não sabemos até que ponto. Não sabemos nada...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Teoria do Imbecil
Não sabemos até que ponto. Mas viva a vida sem sentido. Os contrapontos eruditos das liquidações com preços aumentados. E o que é ridicularmente aceitável. É político e foi passado e engomado como manda o figurino. Achamos que é o brilho de uma estrela que nos espera. Só não há estrela e nem brilho. A música continua mas acabaram-se os pares. Amanhã é o dia. O dia de percebermos que depois de amanhã é que é. Numa sucessão de adiamentos. O cavalo e a cenoura pendurada no caniço. Nossa jaula não tem grandes. Mas tem uma placa escrita. Não saia. E nosso medo é maior que nossa força de viver. Não se preocupe. O que tem que ser dificilmente será. Só meras coincidências aparecem. Como um dinossauro na sala de estar ou um dragão chinês no jardim. Maldade e apatia são dois travestis gêmeos. Balas e mariolas para enganar as bocas. E consumo exaustivo de oxigênio. Até os sonhos ficam de vara curta ante necessidades básicas. Eles ganharão a corrida somente com esforço dobrado. Necessidades básicas e dispensáveis. Balançar a cabeça em sinal afirmativo é uma delas. A outra é inventar antigas coisas e continuar a não resolvê-las. Viva a bela. Ela é vulgar suficientemente e sua bunda compensa qualquer esforço. Viva o moço. Seu tempo não tem preço e ele cabe em qualquer bolso. Porque moedas são deuses metálicos ou de papel. E se disfarçam em outras tantas coisas. Resistir à eles só os transferem para outros passos. São lindos os nomes inventados com ares de uma graça inexistente. Vamos dormir sem sono. Andar sem vontade. Elogiar cem vezes a feiura que miramos em qualquer espelho sujo. Para tudo há uma desculpa se não for o próximo. O pecado se mudou e não deixou endereço. Seu telefone não atende. Confusões atraem na casa da frente. E o riso da maldade anda solto. Pílulas milagrosas e coloridas para todos os gostos e gestos imagináveis. Não somos nós que inventamos essa paródia. Ela vem de tempos perdidos no tempo. Quem mata irá morrer. Numa hora ou outra a casa cai. São vários pratos no cardápio com um só destino. Pés descalços e pés calçados andam na mesma direção. Enquanto há tempo tiremos a máscara ou as tintas. A melhor fórmula é fórmula alguma. Não se enganem. A simplicidade é a estratégia dos verdadeiramente grandes. Muitos detalhes atrapalham. Nem sempre o prêmio agrada. E nem sempre águas turvas são mais perigosas que as claras. As serpentes também possuem cores. E o jornal esquece de falar de coisas inconvenientes. O som vazio entorpece os nervos. E dançar é dançar sempre. Podem se servir. Está uma delícia. Não importa o que virá depois. Pensar é para os fracos. Quando fraqueza e força se confundem. Não leiam versos se não quiserem chorar. O carnaval acabou ontem e o próximo virá logo. Mesmo que seja de um outro tipo enquanto se espera o original. Não sabemos até que ponto. Não sabemos nada...
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