quinta-feira, 6 de junho de 2013

Teoria do Imbecil

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o sabemos até que ponto. Mas viva a vida sem sentido. Os contrapontos eruditos das liquidações com preços aumentados. E o que é ridicularmente aceitável. É político e foi passado e engomado como manda o figurino. Achamos que é o brilho de uma estrela que nos espera. Só não há estrela e nem brilho. A música continua mas acabaram-se os pares. Amanhã é o dia. O dia de percebermos que depois de amanhã é que é. Numa sucessão de adiamentos. O cavalo e a cenoura pendurada no caniço. Nossa jaula não tem grandes. Mas tem uma placa escrita. Não saia. E nosso medo é maior que nossa força de viver. Não se preocupe. O que tem que ser dificilmente será. Só meras coincidências aparecem. Como um dinossauro na sala de estar ou um dragão chinês no jardim. Maldade e apatia são dois travestis gêmeos. Balas e mariolas para enganar as bocas. E consumo exaustivo de oxigênio. Até os sonhos ficam de vara curta ante necessidades básicas. Eles ganharão a corrida somente com esforço dobrado. Necessidades básicas e dispensáveis. Balançar a cabeça em sinal afirmativo é uma delas. A outra é inventar antigas coisas e continuar a não resolvê-las. Viva a bela. Ela é vulgar suficientemente e sua bunda compensa qualquer esforço. Viva o moço. Seu tempo não tem preço e ele cabe em qualquer bolso. Porque moedas são deuses metálicos ou de papel. E se disfarçam em outras tantas coisas. Resistir à eles só os transferem para outros passos. São lindos os nomes inventados com ares de uma graça inexistente. Vamos dormir sem sono. Andar sem vontade. Elogiar cem vezes a feiura que miramos em qualquer espelho sujo. Para tudo há uma desculpa se não for o próximo. O pecado se mudou e não deixou endereço. Seu telefone não atende. Confusões atraem na casa da frente. E o riso da maldade anda solto. Pílulas milagrosas e coloridas para todos os gostos e gestos imagináveis. Não somos nós que inventamos essa paródia. Ela vem de tempos perdidos no tempo. Quem mata irá morrer. Numa hora ou outra a casa cai. São vários pratos no cardápio com um só destino. Pés descalços e pés calçados andam na mesma direção. Enquanto há tempo tiremos a máscara ou as tintas. A melhor fórmula é fórmula alguma. Não se enganem. A simplicidade é a estratégia dos verdadeiramente grandes. Muitos detalhes atrapalham. Nem sempre o prêmio agrada. E nem sempre águas turvas são mais perigosas que as claras. As serpentes também possuem cores. E o jornal esquece de falar de coisas inconvenientes. O som vazio entorpece os nervos. E dançar é dançar sempre. Podem se servir. Está uma delícia. Não importa o que virá depois. Pensar é para os fracos. Quando fraqueza e força se confundem. Não leiam versos se não quiserem chorar. O carnaval acabou ontem e o próximo virá logo. Mesmo que seja de um outro tipo enquanto se espera o original. Não sabemos até que ponto. Não sabemos nada...

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