Meu teatro não é mágico. É humano e trágico. É um destino mais que irônico. Tragicômico. Em que heróis são dispensados. Somos palhaços nada engraçados. Balance a cabeça com desaprovação. Nada temos. Nada vemos. Só paixão. Em versos que continuam dispersos. Bons e perversos. Se mate para seu sucesso. Faça de tudo para aparecer. É glória. É história. Jornal ou TV. Que cara é essa de sono? Até nosso tempo tem dono. Não demore muito aí. É tempo de se divertir. Beber. Blasfemar. E cair. Sem orações pra nos redimir. Durma tranquilo faquir. Meu teatro ficou torto. Não brilha. É morto. Caveira. Trabalho pra carpideira. Que faz um extra maneiro. Chorando de janeiro à janeiro. Quem vai primeiro? Somos todos apenas escravos. De quem tem nos bolsos centavos. Lá vem vindo a procissão. Feche a janela. É o cão. Lógico e evidente. O mundo está doente. E sempre foi tão demente. Vá logo escovar os dentes. Ache um belo pescoço. Mais moço. É como beber aguardente. Ou destruir a semente. Do que sente. Meu parente. É patente. Com todos os seus galões. Canhões. Batalhões. Emoções. Sem corações. Meu ídolo é de cimento. Já foi vento. Foi um leve elemento. Não tenho nesse momento. O que possa ajudar de verdade. Piedade. É um bairro qualquer. Sem fé. Não sei se é homem ou mulher. Quem quer? Então prepare o talher. Não esqueça da faca. Da maca. Ressaca. Eu falo sempre seu nome. Me come. Não some. Mais uma vez é demais. Me traz. O bicho já vem atrás. Quem dera fossem animais. Meu teatro ficou escondido. Nas dobras do seu vestido. Perdi todos meus sentidos. Na cama só há gemidos. Compridos. Não faz tanta diferença. A crença. Abença. Eu passo. Me dá licença. Pegue ali na dispensa. Deixa que eu pago a despesa. Cada um é uma presa. É surpresa. Coloque ali na mesa. É mais uma farra gótica. Erótica. Narcótica. Meu teatro é sem revista. Sem pista. Faltou um avalista. A lista. Traz tantos nomes queridos. Sumidos. Porém nunca esquecidos. Até aquela fotografia. Dum dia. Sabia? É um poema sem fim. Ai de mim...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
domingo, 2 de junho de 2013
Ainda Teatro
Meu teatro não é mágico. É humano e trágico. É um destino mais que irônico. Tragicômico. Em que heróis são dispensados. Somos palhaços nada engraçados. Balance a cabeça com desaprovação. Nada temos. Nada vemos. Só paixão. Em versos que continuam dispersos. Bons e perversos. Se mate para seu sucesso. Faça de tudo para aparecer. É glória. É história. Jornal ou TV. Que cara é essa de sono? Até nosso tempo tem dono. Não demore muito aí. É tempo de se divertir. Beber. Blasfemar. E cair. Sem orações pra nos redimir. Durma tranquilo faquir. Meu teatro ficou torto. Não brilha. É morto. Caveira. Trabalho pra carpideira. Que faz um extra maneiro. Chorando de janeiro à janeiro. Quem vai primeiro? Somos todos apenas escravos. De quem tem nos bolsos centavos. Lá vem vindo a procissão. Feche a janela. É o cão. Lógico e evidente. O mundo está doente. E sempre foi tão demente. Vá logo escovar os dentes. Ache um belo pescoço. Mais moço. É como beber aguardente. Ou destruir a semente. Do que sente. Meu parente. É patente. Com todos os seus galões. Canhões. Batalhões. Emoções. Sem corações. Meu ídolo é de cimento. Já foi vento. Foi um leve elemento. Não tenho nesse momento. O que possa ajudar de verdade. Piedade. É um bairro qualquer. Sem fé. Não sei se é homem ou mulher. Quem quer? Então prepare o talher. Não esqueça da faca. Da maca. Ressaca. Eu falo sempre seu nome. Me come. Não some. Mais uma vez é demais. Me traz. O bicho já vem atrás. Quem dera fossem animais. Meu teatro ficou escondido. Nas dobras do seu vestido. Perdi todos meus sentidos. Na cama só há gemidos. Compridos. Não faz tanta diferença. A crença. Abença. Eu passo. Me dá licença. Pegue ali na dispensa. Deixa que eu pago a despesa. Cada um é uma presa. É surpresa. Coloque ali na mesa. É mais uma farra gótica. Erótica. Narcótica. Meu teatro é sem revista. Sem pista. Faltou um avalista. A lista. Traz tantos nomes queridos. Sumidos. Porém nunca esquecidos. Até aquela fotografia. Dum dia. Sabia? É um poema sem fim. Ai de mim...
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