domingo, 17 de dezembro de 2023

Sempre Sempre

Palavra proibida que os moralistas engolem

(Pois faça isso e ele fará parte eternamente...)

Estética, pura estética, vinda ao acaso até aqui

(Arrumem estas fileiras, imediatamente, please!)

As conchas são um ossuário jogado na areia

As folhas caídas massacre de uma guerra atroz

Os cães na rua com seu eterno desamparo

Um passado muito remoto pode estar logo ali...


Sempre, sempre,

O meu amor e o meu ódio serão

Aquela mistura tão explosiva...


Carnaval que apareceu do meio do nada

(Surgiram tantos confetes e tantas serpentinas...)

Metamorfose, pura transformação insólita

(Alguém aí tem um conhaque para me dar?)

O livro antigo acabou de ser jogado fora

A declaração de amor apagou-se da parede

A canção se transformou em algum silêncio

Um réquiem foi para mim com certeza...


Sempre, sempre,

Eu tropecei e caí no chão,

Era o chão de mim mesmo...


O carro corre sem direção na mão errada

(Ninguém poderá prever algum acidente...)

A dúvida está cada vez crescendo mais

(Samba-canção, tango ou ainda um blues?)

A idade das pirâmides não chega a minha

O último suspiro do morto é meu pertence

A idiossincrasia faz parte do repertório...


Sempre, sempre,

O Universo cabe em meu peito,

Nunca esqueçamos das estrelas...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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Poesia Gráfica LXXXVI

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