Mesmo em teimosa teimosia
de que não haja som algum
(há apenas um silêncio irritante)
eu quero dançar!...
Tropeçar pelas pedras
do chão descalço
neste eterna praça da vida
agora pouco importa...
Ainda com malvada chuva
que botou o sol pra correr
(sou tão cinza quanto as nuvens)
eu quero dançar!...
Chamar os vadios pássaros
pra cantar velhas e eternas canções
que ainda não esqueci a letra
e se esquecer pouco importa...
Não importa o meio de semana
se sou um vagabundo
que deveria estar preocupado
eu quero dançar!...
Nascimentos e funerais
sangues quentes frios metais
tudo faz parte de um todo
sempre e infinitamente...
Sempre serei um triste
mas ainda sonhos
e antes que o vento me leve
eu quero dançar!..
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