sexta-feira, 27 de março de 2015

Insaneana Brasileira Número 70 - Malalango Ibiquera

Malalango ibiquera. Fandango de pouca monta. Tu não sabe o final da briga? Chão com chão. É isso. Mangona ferraia. É tuti no tuti e mais que nada. Discos? Tenho muitos. E antigas lágrimas coladas bem nas fuças. Mas olhe que eu nem pedi. Não acendi velinha pro santo em cima da cômoda que por erro tava na sala. É só sonada. E um gosto meio amargo que vem incendiado o dia. Ah! Então... Vamos de cavalinhos de pau. E meio riso numa boca nova. Como tem espelho espalhado espelhando coisas e coisas. Nunca mais comi daquela fruta. Nem vi o pé à bem da verdade. Cortaram. Que mardade merda. Malamo semvergonho. Eu gastando meu grego pra explicar o óbvio. E falar difícil. Sem errar sóletra. Mas até que gosto zaroio gago dos infernos. Gosto até dum sonim depois do decomê. Hum... Então... Chafarizes bonitos em praças quequeras. E passarins esquecidos das asas. Dor. Dor. Dor. Do cuscuz ao almejo nem me lembro mais quando num tinha. Tinha é pior do que lepra. Pesada que nem Maria Balalaica a boa. Na boca agora dormida ainda recendem alguns sons e que fiquem guardados. Num baú que nanvega a eternidade. Cheiro de coisas novas. E sapatos gastos com andanças beneboas. Não invento nada. É que eu guardo muito e a emabaralhice acaba funcionando mesmo. Falo porque falo nesta josta. E tenho dito bendito maldito. Quantas vezes dito e repetido. Que nem naquelas festas que um dia vi. Em que casinha vai o coelho? Eu ficava enxotando ele. E era mui legal. Ó barões enfeitem-se com fitas e filós. Com rendões no pescoço papudo. São vocês que ficam na minha frente nos corredores. E falam besteiras pra ofender mesmo. Vocês não sabem qual a maldade que fazem e riem o tempo todo. Eu queria pular nos seus pescoços amalditados! Queria esganiçar todos de uma vez. Vocês é que darão as cartas ao amanhã e olha quanta besteira farão! E vocês sá putas? Vão parir o futuro e não valem um níquel. Porque o que assim é assim sempre será. Tanto faz quanta cera tem. É a mesma zolheira de vadia. E o mesmo gemido fingido pro cocote de cabelos enroladinhos que vai tentar ser santo um dia. Cuidado com o gato! Ele anda em mil muros ao som de qualquer música. E seu bote é certista. Nunca faiou. Nem vai. Eu tenho fé nesse troço e nessa troça também. Vou rir muito. E muito mesmo. Com seus cambitos tremendo e a foice da não bem recebida vindo no pescoço. Cambada de puto! Essa merda tá ansim por culpa de cada um. Nem um pão pros pobrezinhos. E tudo com cálculo estatístico provando que é certo. E o malandro de terno pedindo bis. Bis é uma vírgula! Não me engana que eu não gosto. Sou safo. Já rodeei muita fogueira por aí. E fumei todas as guimbas que o chão pode oferecer. Malandro aqui sou eu!...

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