Eis o homem...
Aquele que pesadela calmamente
Saudável com seu corpo doente
Racional com sua cabeça demente
Que faz como bicho e é gente...
Eis o homem...
Um mestre na arte da artimanha
Que até sua alma ele barganha
Que vai sentindo uma dor estranha
Que até da morte ele também ganha...
Eis o homem...
Que hoje lamenta por ter nascido
Que anda com seu coração ferido
Com os quatro carrascos dos sentidos
Que lamenta até quando tem vencido...
Eis o homem...
Incapaz de fazer qualquer sacrífico
Que transforma tudo no seu vício
Que gosta de brincar de precipício
E torna o bem apenas em malefício...
Eis o homem...
Que ameaça e arreganha seus dentes
Que pensa e que desconhece a mente
Andando na vida como fosse indigente
Que faz como bicho e é gente...
Eis o homem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário