domingo, 8 de março de 2015

Insaneana Brasileira Número 67 - Mãos e Mãos

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Sem onde colocar as mãos. E ficar mais do que embaraçado. São as raízes de uma árvore fora do chão. É um gosto fora de gosto que não sabemos de onde vem. Guerras solitárias. E discursos feitos para as paredes. Sim as coisas escutam todos os solitários e nada mais pode ser feito. Os carneiros que são na verdade alguns ursos. E alguns domingos das cestas de natal. É bem verdade há que se o diga que meus castelos se desabam em cada instante. E eu falo sobre coisas que conheço mas não queria nem saber. Fora de propósito fora de toda culpa fazemos o que não queremos. As flautas mágicas estão fora do tom. E as serpentes já retornaram ao Jardim do Éden. Nunca fui famoso mas as ruas me conhecem e muito bem. Cada grão de pó sabe meu nome. E cada súplica conhece meus dedos. As unhas estão sujas e os anéis baratos estão enferrujados mas ambos são bons contadores de histórias. Ainda há sangue sob a pele. E vários pontos de interrogação sobre o mundo lá de fora. Tudo é à prestação. Nem a morte escapa disto. Tudo tão lentamente mas como um trem-bala. Meu nome é inusitado. E as sensações me fazem cambalear sobrevivendo do desamor. Espero que as águas do lago clareiam logo. Era um sonho frequente de duas águas numa vista só. Por onde andamos? Nos perdemos de nós mesmos. Ninguém sabe nos informar coisa alguma. Mesmo que se queira boa-vontade é artigo de luxo. Mesmo que se implore piedade é coisa fora de moda. São inúmeros livros com páginas em branco de uma história bonita que não aconteceu. Sim sim. Rimos e muito. As piadas são sobre nós mesmos. O tombo que levamos foi memorável. Até que muitos outros aconteceram e ficaram na fila. Vamos abrir velhas portas que escondem novos segredos de estado. E as outras mãos da história nos justificarão pelo menos uma vez. Se não é muito que baste...

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