Eu já falei em altos gritos
De minha insanidade em versos rudes
Esperando uma volta que não acontecerá
Não, não voltará, não voltarão
Os momentos que eu te amava
Mais contentes que um cigarro aceso
E mil voltas pelo quarteirão
Por favor, apaguem estas luzes
O escuro tem mais coisas pra dizer
Eu quero um sono mais que terno
Que possa compensar todas as horas
Que chorei e foi tudo em vão
Os copos, todos eles, estão vazios
E meu soluço não pára por tudo que falhou
Como me irritam os carros, como irritam
Com sua vã pose de que irão a algum lugar
Quilômetros e quilômetros andei pelo quarto
Fazendo discursos para o meu nada
Expondo as razões da minha falta de razão
As figurinhas que recortei sumiram no fogo
E os brinquedos que um dia eu quis
São agora trastes inúteis de algum lugar
Eu já pedi com toda educação
Que os vizinhos abaixem o som
Não que eu seja contra a alegria
Mas não gosto das palavras que se repetem
Consagrando a nova idiotice coletiva
São preocupantes os nossos dias
E muitos canhões apontados para seus alvos
Eu vejo novas alucinações de malcriados meninos
Homens feitos com suas armas de matar
Tudo se repete em histórias malfeitas
E nossas chances de voar são quase nulas
Os frutas caíram do pé ainda imaturas
E o que me resto é fazer novas palavras
Estou enlouquecendo e suo frio
E sinto um êxtase que só a maldição pode levar
A maldição de ter escolhido uma nova cor
De quebrar o silêncio na hora do jantar
De sair pelo meio da noite para lugar algum
E até me esquecer da hora de poder voltar
Eu faço rimas quando quero e quero sempre
E peço ainda algum beijo de misericórdia
Estou num vazio no meio de um grande deserto
E eu sou o meu próprio oásis...
De minha insanidade em versos rudes
Esperando uma volta que não acontecerá
Não, não voltará, não voltarão
Os momentos que eu te amava
Mais contentes que um cigarro aceso
E mil voltas pelo quarteirão
Por favor, apaguem estas luzes
O escuro tem mais coisas pra dizer
Eu quero um sono mais que terno
Que possa compensar todas as horas
Que chorei e foi tudo em vão
Os copos, todos eles, estão vazios
E meu soluço não pára por tudo que falhou
Como me irritam os carros, como irritam
Com sua vã pose de que irão a algum lugar
Quilômetros e quilômetros andei pelo quarto
Fazendo discursos para o meu nada
Expondo as razões da minha falta de razão
As figurinhas que recortei sumiram no fogo
E os brinquedos que um dia eu quis
São agora trastes inúteis de algum lugar
Eu já pedi com toda educação
Que os vizinhos abaixem o som
Não que eu seja contra a alegria
Mas não gosto das palavras que se repetem
Consagrando a nova idiotice coletiva
São preocupantes os nossos dias
E muitos canhões apontados para seus alvos
Eu vejo novas alucinações de malcriados meninos
Homens feitos com suas armas de matar
Tudo se repete em histórias malfeitas
E nossas chances de voar são quase nulas
Os frutas caíram do pé ainda imaturas
E o que me resto é fazer novas palavras
Estou enlouquecendo e suo frio
E sinto um êxtase que só a maldição pode levar
A maldição de ter escolhido uma nova cor
De quebrar o silêncio na hora do jantar
De sair pelo meio da noite para lugar algum
E até me esquecer da hora de poder voltar
Eu faço rimas quando quero e quero sempre
E peço ainda algum beijo de misericórdia
Estou num vazio no meio de um grande deserto
E eu sou o meu próprio oásis...